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2012 - Livro Vermelho 2013

Lobelia xalapensis Kunth LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 09-11-2012

Criterio:

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie apresenta ampla distribuição.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Lobelia xalapensis Kunth;

Família: Campanulaceae

Sinônimos:

  • > Dortmanna mollis ;
  • > Dortmanna monticola ;
  • > Dortmanna ocimoides ;
  • > Dortmanna xalapensis ;
  • > Lobelia cliffortiana var. xalapensis ;
  • > Lobelia mollis ;
  • > Lobelia monticola ;
  • > Lobelia ocimoides ;
  • > Lobelia palmaris ;
  • > Rapuntium molle ;
  • > Rapuntium monticolum ;
  • > Rapuntium xalapense ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​Descrita em Nov. Gen Sp. 3:315. 1819.

Distribuição

Ocorre na América Central, Cuba, Antilhas, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina (Varela, 2000; Vieira, 2003); no Brasil ocorre nos Estados do Amazonas, Acre, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Vieira, 2011).

Ecologia

Caracteriza-se por ervas eretas, terrícolas, anuais, de 10-50 cm de altura (Vieira, 2012; Varela, 2000; Vieira, 2003).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Omodelo tradicional da ocupação da Amazônia tem levado a um aumentosignificativo do desmatamento na Amazônia legal, sendo este um fenômeno denatureza bastante complexa, que não pode ser atribuído a um único fator. As questões mais urgentes em termos da conservação euso dos recursos naturais da Amazônia dizem respeito à perda em grande escalade funções críticas da Amazônia frente ao avanço do desmatamento ligado àspolíticas de desenvolvimento na região, tais como especulação de terra ao longodas estradas, crescimento das cidades, aumento dramático da pecuária bovina,exploração madeireira e agricultura familiar (mais recentemente a agriculturamecanizada), principalmente ligada ao cultivo da soja e algodão. Esse aumento dasatividades econômicas em larga escala sobre os recursos da Amazônia legalbrasileira tem aumentado drasticamente a taxa de desmatamento que, no período de2002 e 2003, foi de 23.750 km², a segunda maior taxa já registrada nessaregião, superada somente pela marca histórica de 29.059 km² desmatados em 1995. A situação é tão crítica que, recentemente, o governo brasileirocriou um Grupo Interministerial a fim de combater o desmatamento e apontarsoluções de como minimizar seus efeitos na Amazônia legal (Ferreira et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

Referências

- VIEIRA, A.O.S. Lobelia xalapensis in Lobelia (Campanulaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB016692>.

- FERREIRA, L.V.; VENTICINQUE, E; ALMEIDA, S. O desmatamento na Amazônia e a importância das áreas protegidas., Estudos Avançados, São Paulo, Universidade de São Paulo (Instituto de Estudos Avançados), v.19, n.53, p.157-166, 2005.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- VARELA, F.J. Flora del Valle de Lerma (Lobeliaceae R. BR.)., Aportes Botánicos de Salta - Ser. Flora, Buenos Aires, p.1-10, 2000.

- VIEIRA, A.O.S. Lobelia (Campanulaceae). In: WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD, G.J.; MELHEM, T.S.; GIULIETTI, A.M.; KIRIZAWA, M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP/Rima, p.15-20, 2003.

Como citar

CNCFlora. Lobelia xalapensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Lobelia xalapensis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 09/11/2012 - 19:31:19